Fui encontrado, em 2011, perambulando pelas ruas da cidade, com muitas feridas na boca e "internado" em uma garagem. Como sou um "bobão", meus protetores ficaram com receio de me devolver para a rua, me adotaram, transformando-se em meus "pais". Fui abrigado em um local, onde adoro viver.
No início deste ano de 2015, minha "mãe" estranhou o meu comportamento: eu estava muito desanimado, emagreci muito porque não estava querendo comer. Ela me colocou no carro, me levou para a sua casa e, no dia seguinte, fui visitar a doutora. Fiz exame de sangue e foi constatado que eu tenho INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA.
Como meus "pais" socorreram e abrigaram muitos amiguinhos meus, minha "mãe" foi aconselhada a "aliviar o meu sofrimento", para poupar gastos, porque o meu tempo de vida seria muito curto.
Minha "mãe" e minha "tia", teimosas que são, me levaram para uma clínica em Juiz de Fora, onde fiquei internado por muitos dias. Quando voltei para a casa de meus "pais", eu somente poderia me alimentar de ração especial e minha "mãe" cuidou de mim por uns dois meses. Eu fazia exame de sangue toda semana para avaliação dos meus rins. Como meus exames de sangue apresentaram resultados estáveis, voltei para a minha "casa" definitiva.
Eu fico separado de meus "amiguinhos", porque a minha ração é diferente e não posso dividi-la com eles, devido ao seu preço, que é alto.
Já faz quase um ano que estou vivo, correndo, entrando no riacho para aliviar o calor e muito feliz!
Foto de 24/05/2011
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